O LEGADO
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JUSTIFICATIVA
O Santuário de Bom Jesus de Matosinhos é um conjunto arquitetônico e paisagístico formado por uma Basílica, um adro com esculturas de Doze Profetas feitas por Aleijadinho e seis capelas com cenas da Paixão de Cristo. O Santuário está localizado no morro do Maranhão, no município brasileiro de Congonhas, estado de Minas Gerais.
O conjunto foi construído em várias etapas, nos séculos XVIII e XIX, por vários mestres, artesãos e pintores, como Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, e Manuel da Costa Ataíde.
Tombado pelo SPHAN, atual IPHAN, em 1939, como Patrimônio Histórico Nacional, foi considerado Patrimônio Mundial pela Unesco em 1985. A fundação do Santuário é atribuída ao português Feliciano Mendes que, tendo adoecido gravemente, prometeu construir um templo a Bom Jesus de Matosinhos, como o que havia em Braga, sua terra natal, caso alcançasse a cura.
Em 26 de julho de 1957, o Papa Pio XII, reconhecendo a importância histórica, artística e religiosa do conjunto, elevou a igreja principal à dignidade e Basílica Menor. A via-sacra é composta por uma série de capelas de planta quadrada, paredes caiadas e teto de quatro águas que abrigam cenas da Paixão de Cristo representadas mediante conjuntos esculturais esculpidos em cedro brasileiro e policromias, seguindo a estética sentimental e rebruscada de rococó.
O sacro caminho desenrola-se em zigue-zague, subindo por uma ladeira simbólica na qual organizavam-se procissões de penitência para expiar as culpas da sociedade opulenta do final do século XVIII neste importante centro minerário do Novo Mundo.
JUSTIFICATIVA
Às vésperas de comemorar 250 anos de existência o Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, que abriga um dos maiores conjuntos barrocos a céu aberto do mundo e, além de ser um dos principais cartões-postais de Minas Gerais, desde 1985 detém o título de Patrimônio da Humanidade. Apesar de todos esses predicados e de suas origens se confundirem com a própria formação do caráter e da religiosidade do povo brasileiro, a história do Santuário ainda é desconhecida do grande público.
Com o filme "O Ermitão", teremos a oportunidade de resgatar este e outros aspectos de nosso passado, mostrando às gerações atuais e futuras onde, quando e como tudo começou, o que certamente contribuirá para despertar o interesse em preservar tanto a nossa história como o legado que nos foi deixado.
O filme destaca o arrojo lusitano no desbravamento do Brasil-Colônia e acentua a importância do ermitão Feliciano Mendes na história de nosso país. Para tanto, conjuga ação, aventura, drama e suspense, elementos que se misturam e se completam num filme cujo projeto de produção possui características que se espelham no próprio Ermitão, buscando ajuda desinteressada, juntando esforços para construir algo que fique na História.
Recentemente a Prefeitura de Congonhas comemorou o Bicentenário dos 12 Profetas em pedra-sabão, talhados pela genialidade de Aleijadinho. Esta comemoração também nos motivou a criar o projeto "O Ermitão" e transformá-lo numa oportunidade ímpar para atrair a atenção sobre o conjunto deste riquíssimo patrimônio histórico e cultural brasileiro.